sábado, 4 de dezembro de 2010

tentando entender tudo o que se passa...


De repente, você sente o coração disparar, sua respiração fica curta, suas mãos gelam, seu corpo todo treme. Você fica tonto e não consegue identificar o que está acontecendo! Então, você acha que está ficando louco e que você não é você. O seu corpo é tomado, momentaneamente, por terríveis sensações. Por uma fração de segundos, você acha que está morrendo. Aí, você tenta fugir, sem saber para onde, você tenta retornar a si mesmo e não consegue. Por alguns momentos você fica fragmentado, destruído, e aos poucos toda essa sensação vai passando, passando, até que você é totalmente invadido pelo medo que passa a ditar normas e regras, controlando totalmente a sua vida.........



Ninguém está imune a uma crise existencial, que pode ser manifestada através de uma ansiedade aguda ou Transtorno do Pânico, ou algum outro transtorno físico ou mental, e que acabam por gerar um profundo sofrimento.
O Transtorno do Pânico, acontece independente da classe social, cor e crença. Simplesmente acontece, e isto significa que já havia uma pré-disposição interna, pois que já estava sendo formada ao longo de uma história particular de vida, esperando apenas o momento certo de desencadear. Porém, as pessoas, experimentadoras desses conflitos, ao meu ver, são muito sensíveis e especiais. E, tendem a vivenciá-los em

determinada fase de suas vidas, na tentativa inconsciente de resgatar e manifestar a sua verdadeira essência. 
a pessoa assume um outro eu, sendo que o verdadeiro fica oculto e latente. Com isso, a pessoa perde a própria identidade, valores, para manifestar em uma dinâmica de vida que nem ela sabe qual é.
Chega um dia em que, talvez sob pressão total e pessoal, o conflito, a crise, deflagra. Portanto, esse já não é o início do problema e sim o meio, marcando uma diferença essencial entre continuar a potencializar a mesma forma de ser, ou partir para a mudança, que nada mais é que a busca da forma natural que ficou perdida no tempo
A principal característica do pânico, é o grau de ansiedade, ocasionando principalmente alterações na afetividade, na percepção e no pensamento. O que faz com que o indivíduo vai limitando as suas atividades profissionais e o seu contato com o mundo externo em função das crises.
Também, esse transtorno causa extrema angústia frente ao novo e um profundo temor de rejeição e abandono. É uma situação dramática. O pior é que muitas vezes o indivíduo nem mesmo conseguem identificar o que os apavora tanto.
Um viés de dor e desespero normalmente acompanha os portadores de Ansiedade e Pânico.
E assim, diante dessa condição de desgaste e desesperança, o homem deixa de experimentar a verdadeira razão de ser.
- Critérios Diagnósticos do Transtorno do Pânico
Para que um indivíduo seja diagnosticado como Portador do Transtorno do Pânico, é necessário que se enquadre nos seguintes critérios segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais ( DSM-IV ) da Associação Psiquiátrica Americana, são eles:
- Ataques de pânico recorrentes e inesperados.
Critérios para o Ataque de Pânico:
Um curto período de intenso medo ou desconforto em que 4 ou mais dos seguintes sintomas aparecem abruptamente e alcançam o pico em cerca de 10 minutos.
  • sudorese-palpitações e taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos)
  • tremores ou abalos
  • sensação de falta de ar ou de sufocamento
  • sensação de asfixia
  • dor ou desconforto torácico
  • náusea ou desconforto abdominal
  • sensação de instabilidade, vertigem, tontura ou desmaio
  • sensação de irrealidade (desrealização) ou despersonalização (estar distante de si mesmo)
  • medo de morrer
  • medo de perder o controle da situação ou enlouquecer
  • parestesias (sensação de anestesia ou formigamento)
  • calafrios ou ondas de calor
Pelo menos um dos ataques ter sido seguido por 1 mês ou mais de uma ou mais das seguintes condições:
  • medo persistente de ter novo ataque
sendo, a análise conclusiva deste estudo, baseia-se em uma patologia, que se desenvolve e se manifesta através de fases distintas, se iniciando ainda na tenra infância
(formação do ego) e vai se desenvolvendo ao longo dos anos, em função do próprio estilo de vida e de personalidade (-persona-).
Portanto, podemos concluir que o Transtorno do Pânico é uma patologia de causas multifatoriais (bio-psico-social e espiritual), que tem em sua dinâmica, características de base biológica(o corpo é a base humana mais concreta, pois é o foco dos sintomas físicos, provenientes de um desequilíbrio químico cerebral- neurotransmissores, especialmente a noradrenalina), e que concomitantemente compromete o nível de percepção e interpretação do portador. Há também, características de base psicológica (foco central de ansiedade antecipatória e despersonalização, que compromete as emoções, pensamentos e sobretudo retroalimenta o estado constante de terror). Há ainda, as características de base social e espiritual (que comprometem sobremaneira os relacionamentos, a manifestação da criatividade e a integração total do portador consigo próprio).
- Compreendendo as fases de manifestação do Transtorno do Pânico.
1ª fase (Origem):
Se inicia ainda na tenra infância. Origens multifatoriais (pré-disposição genética, espiritual, psicológica e individual (que se forma ao longo do tempo, em função de algum registro inconsciente de profundo sofrimento emocional, vindo a desencadear em algum momento da vida).Entretanto, não me atenho a possível causa, pois, no processo de superação, felizmente, cada um chegará a ela.
TRANSTORNO DO PÂNICO: É uma crise de ansiedade aguda, que ocorre de forma repentina e inesperada, onde o indivíduo experimenta terríveis sensações físicas e psicológicas.
CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS: No momento da crise, substâncias químicas são liberadas, os neurotransmissores. Em excesso e em desequilíbrio, a adrenalina dentre outras, é lançada ao sistema sanguífero pelas glândulas supra-renais, causando um conjunto de sintomas físicos, também, já citados anteriormente.
CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS: Os efeitos psicológicos causados pela crise, são absolutamente avassaladores. O indivíduo fica profundamente vulnerável, sensível, inseguro e registra conscientemente as sensações corpóreas experimentadas durante a crise, gerando um medo extremo de ter novas crises, o que acarreta em uma ansiedade antecipatória.
2ª fase (PRIMEIRA CRISE):
(MEDO): O foco principal é o medo da morte. (o medo pode gerar fobias, obsessões e depressão, porém, não é regra. O indivíduo pode vivenciar ou não algum desses transtornos).
A) Fobias: As fobias acontecem em função de um medo irracional que excede as possibilidades de controle. Afim de que novas crises não ocorram, a pessoa passa a evitar em variados graus, objetos, lugares ou situações, se tornando refém do próprio medo.
B) Transtorno obsessivo: Depois da primeira crise, o indivíduo fica com seu foco de atenção completamente voltado para as sensações do corpo, fazendo-o perceber e vigiar constantemente sua respiração, batimentos cardíacos, dentre outros sintomas antes despercebidos. Há ainda, um extremo sofrimento em função dos pensamentos mórbidos em relação aos outros e a si mesmo e que se tornam uma obsessão. E, finalmente, há a dependência excessiva de outras pessoas.
C) Depressão :Também, em graus variados, algumas pessoas após as primeiras crises de pânico, podem desenvolver depressão, manifestando uma visão pessimista da vida, profunda melancolia, sentimento de perda, de vazio, baixa auto estima, falta de interesse, dificuldades de sono, disfunções alimentares, dentre outros sintomas depressivos.
(NOVAS CRISES):
A) O que caracteriza o Transtorno do pânico é a quantidade de sintomas físicos e a freqüência das crises. Porém, é necessário que se faça o diagnóstico por um profissional especialista na área, onde se descarte outras doenças.
B) É importante esclarecer, que as crises podem estar acompanhadas de pânico ou não. A situação de pânico é mais comum, durante as primeiras crises, quando não há qualquer informação e esclarecimento.
3ª fase (CRISES CRÔNICAS):
A) É muito comum às pessoas terem crises durante muitos anos. As crises cronificadas possuem um perfil diferenciado das primeiras, no que tange ao pânico, ao pavor, pois, normalmente, com o passar do tempo, é comum elas identificarem quando a crise irá ocorrer, deixando descaracterizado o acometimento repentino e inesperado das crises. Essas pessoas são acometidas de uma profunda falta de esperança e de credibilidade perante as pessoas com quem convivem. Normalmente, são incompreendidas ou estigmatizadas.
B) Há também, as pessoas que fazem algum tipo de tratamento e diminuem consideravelmente a intensidade dos ataques, mas, continuam a desencadear crises. Há ainda, as pessoas que deixam de ter crises por um determinado período, as vezes até anos, mas que são acometidas por recaídas.
(SINTOMAS ISOLADOS): Estado latente.
A) Os sintomas isolados, possuem um caráter pessoal, sendo que cada indivíduo, manifesta maior sensibilidade a determinados órgãos,(órgão de choque: ex: coração, problemas gastrointestinais, etc). Quando muito estressados, ansiosos ou sob pressão.
B) Finalmente, os sintomas isolados, podem ser manifestados de forma diferente, onde o indivíduo pode experimentar sintomas variados, ora um, ora outro.
Assim, o Transtorno do Pânico como Símbolo de Transformação, nos remete a compreensão da linguagem simbólica da patologia em si como o caminho de cura. Assim sendo, a cura do Transtorno do Pânico ocorre quando o indivíduo compreende o sentido de sua doença, principalmente lança luz sobre o quanto esse indivíduo se desviou de sua essência verdadeira e, é óbvio que ela além de conteúdos positivos, também é permeada de conteúdos negativos.
Além disso, o fenômeno do Pânico enquanto linguagem simbólica, não se distancia muito de suas origens, da realidade com a qual o indivíduo está conectado, pois o símbolo nada mais é do que o olhar da mente sobre o corpo.
É também, através dessa experiência com a crise de pânico, que o indivíduo perceberá as suas reais necessidades, suas ações, suas cognições, emoções, movimentos fisiológicos, e todos os impulsos descarregados durante a crise, com o intuito de incorporar todos os conteúdos inconscientes ao consciente, para que haja uma restauração do ego e o retorno do equilíbrio.
Assim sendo, quando a crise de pânico vem à tona, podemos perceber que a sua representação mais emergencial é de que alguma coisa necessita ser feito e que uma nova iniciativa deve ser tomada a fim de reconhecer a verdadeira função da patologia.
E, o sucesso da superação da doença, acontece principalmente, quando essa experiência é encarada de forma positiva em vez de negativa, onde o indivíduo ao iniciar o processo de análise, aprende com o significado da doença as relações vivenciadas para a sua construção e manifestação. Assim, o problema não mais é a patologia em si, mas acima de tudo sobre as mudanças de atitudes necessárias em seu estilo de vida.
E, assim, por meio do sofrimento, o Transtorno do Pânico adquire um significado, onde através dessa compreensão, o indivíduo assume um controle e um poder de experienciar uma ligação mais profunda com o propósito de seu ser.
Enfim, estudei muito, por mais de 5 anos, para concluir que a base da superação do Transtorno do Pânico que tanto compromete a saúde mental, é o amor e a afetividade, e que as crises simbolizam nada mais que uma força extraordinária, capaz de transformar e de curar.

esse post foi mesmo pra eu tentar entender o que sinto  e me ajudou bastante.Eu espero que possa ajudar vc também e que ainda possa ajudar o teu próximo... eu editei fiz um resumo das partes que mais tinha dúvida foi retirado de um site mas infelizmente perdi o endereço. queria dar o devido crédito mas enfim agradeço assim mesmo me ajudou bastante.
fonte
O Transtorno do Pânico como Símbolo de Transformação
Por Cintia N.P. Jubé
27/03/2007
 

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